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Ficamos muito felizes em saber que apreciam nosso trabalho e que este é útil à vocês.

Há mais de dez anos desenvolvemos projetos pela 

comunidade do bairro da Liberdade e adjacência; desde então, ao criarmos vínculo

com o bairro, defendemos causas que lhes são peculiares.

Durante esse tempo, a Organização Anjo Amigo vem viabilizando para esta comunidade uma aproximação

entre a cultura local e a de outras localidades, trazendo assim, uma nova visão

política para o desenvolvimento comunitário.

 

      

 

          BREVE DESCRIÇÃO DO PROJETO
 

A ONG Anjo Amigo tem uma história de trabalho entre jovens do Bairro da Liberdade. O principal interesse dos fundadores da organização é que os adolescentes tenham uma opção diferenciada do que vivenciam na comunidade onde, infelizmente, impera a violência e a banalização do sexo e sexualidade. Apesar do bairro da Liberdade ser um importante gueto de cultura negra na Bahia, rodeado de grupos ‘afro’, e sendo considerado o bairro mais negro da cidade, sofre com a criminalidade e as conseqüências da construção histórica do negro no estado e no país.

A população da Liberdade alcança o número de 172.303 habitantes, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Destes 83.528 são jovens, ou seja, 48% do total dessa população. Historicamente é considerado um bairro negro, não só pela existência dos movimentos ali presentes, mas como também pelas estatísticas que apontam para essa realidade.

O Ministério da Saúde vem trabalhado com políticas públicas específicas para a população jovem e negra pela constatação da vulnerabilidade aumentada nesse grupo. Fatores que aumentam a vulnerabilidade ás DST/AIDS como violência de gênero na população feminina; imaturidade biopsicossocial e não reconhecimento dos direitos dos adolescentes e jovens; discriminação étnica racial; violência estrutural e pobreza estão em pauta nas agendas de discussões para o enfrentamento da situação.

Diante deste contexto, é que este projeto pretende atuar, com enfoque na população feminina que necessita que suas especificidades sejam consideradas para a construção de ações para prevenção e promoção à saúde.

 

A constatação de que, em escala mundial, a disseminação do HIV ocorre, principalmente, através do contato sexual aponta para a compreensão de que a aids está estreitamente ligada à sexualidade e ao comportamento sexual, sendo, portanto, considerada como uma doença sexualmente transmissível – DST, mesmo apresentando outras modalidades de transmissão, como a sangüínea e a vertical.

O avanço das DST/AIDS entre as mulheres revela a situação de desigualdade de poder vivida por elas quando comparadas à situação de vida dos homens, por exemplo, no exercício de sua sexualidade ou, até mesmo, a desigualdade existente entre as próprias mulheres: quando negras mais pobres e com menor escolaridade, maior a vulnerabilidade à epidemia.

A falta de controle e de medidas preventivas para a população feminina, são evidenciadas através da disseminação da aids nesse  grupo específico, pois há um aumento progressivo do número de municípios brasileiros com pelo menos um caso de AIDS em mulheres, o que indica que a interiorização vem sendo acompanhada por um processo de feminização da epidemia (Brasil, 2007).

Quando se discute a situação das mulheres, outro dado de grande relevância diz respeito as desigualdades estruturais existentes na sociedade brasileira refletidas, dentre outras coisas, na assimetria de poder entre homens e mulheres tem sido alvo de discussão entre os pesquisadores como um dos fatores responsáveis pela vulnerabilidade feminina frente à AIDS.

Neste sentido, a ideologia de gênero, ou seja, a forma hierarquizada e diferenciada como a identidade da mulher e do homem é construída em contextos socioculturais específicos, figura como um obstáculo à implementação, e conseqüentemente adoção de práticas sexuais mais seguras, devendo ser considerada como referência na pauta de discussão dos fatores que possibilitam a compreensão da disseminação do HIV entre mulheres.

Essa constatação estimulou a necessidade de implementação de estratégias de prevenção à aids que ampliasse as opções de proteção feminina e que fossem controladas pelas mulheres, a exemplo do preservativo feminino.

Acreditamos que além da disponibilização de insumos é necessária uma mudança de comportamento que só pode se materializar com a Educação em Saúde.

Essa é a proposta deste projeto trabalhar na comunidade da Liberdade na formação e capacitação de agentes multiplicadoras da informação para o enfrentamento das múltiplas vulnerabilidades que contribuem para que as mulheres estejam mais suscetíveis às situações que provocam adoecimento.

O principal objetivo deste projeto é capacitar 180 mulheres adultas e jovens para serem agentes multiplicadoras de informação na área de saúde com enfoque na sexualidade, reprodução e prevenção às DST/AIDS. Além disso, pretendemos implementar na ONG Anjo Amigo a incorporação da perspectiva de gênero, montando uma rede no bairro da Liberdade, para a produção de mudanças nas políticas de saúde.

De forma indireta o projeto pretende alcançar 1040 pessoas com a mobilização comunitária.

Com a parceria com o Centro Universitário, pretendemos garantir apoio educacional para a realização das oficinas de capacitação. Entendemos também que se trata de um importante espaço acadêmico de construção do conhecimento e laboratório para os conteúdos apreendidos entre os muros institucionais.

A coordenadora deste projeto é Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia, professora da referida instituição de nível superior e funcionária estatutária da Secretaria Municipal de Saúde, ativa em um Serviço Especializado de DST/AIDS.

Serão agregados ainda, alunos da graduação de Enfermagem com experiência em intervenções comunitárias, para o apoio nas atividades de capacitação.

Vale ressaltar, que se trata de um projeto da ONG Anjo Amigo, que por sua vez, faz questão de manter um suporte para suas atividades com a construção de parcerias, para que fique comprovado a seriedade de suas ações, bem como o seu comprometimento com a qualidade do que é oferecido a comunidade onde atua.

 

 

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Plano Integrado de enfrentamento da feminização da epidemia da Aids e outras DST. Brasília. MS: 2007.

 

 

 

A Organização Anjo Amigo vem promover o projeto "Ação Legal". Este é um projeto de uma feira com mostras de vários seguimentos artísticos do "Ateliê de Artes" e do "RIAM", projetos da ONG Anjo Amigo.
Os visitantes da feira poderão aferir pressão arterial, obter orientações sobre alcoolismo, tabagismo, aleitamento materno, dietas alimentares saudáveis, prevenção à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Haverá teste glicêmico para pessoas de risco (depois de triagem por meio de questionário) e orientações sobre bons hábitos de higiene bucal para prevenção de cáries e até mesmo do câncer bucal e outras atividades.